sexta-feira, 21 de maio de 2010

Protetor solar também é indispensável no inverno


Forte aliado da pele no combate às machas, queimaduras e o câncer de pele, o protetor solar é produto indispensável para os cuidados com a pele.


O problema é que muita gente associa proteção solar ao verão ou aos dias ensolarados. Mas os perigos da superexposição aos raios.

Deixar de usar o filtro solar pode trazer problemas graves como câncer de pele e lesões cutâneas graves que deixam marcas na pele. "O filtro solar deveria ser visto como medicamento de uso diário", explica a dermatologista da Unifesp, Meire Parada Brasil.

"Mesmo na neve, sofremos os efeitos da radiação solar", explica a dermatologista da Escola de Medicina do ABC, Daniela Taniguchi.

Proteção intensiva sempre!


Durante o inverno, há uma diminuição da incidência dos raios ultravioletas UVB, principais causadores dos cânceres de pele, porém, os raios UVA, também nocivos, têm poder de penetração regular na pele, causando manchas, pintas, que podem virar um câncer e até o fotoenvelhecimento, envelhecimento precoce da pele por excesso de raios solares.

"Há a diminuição na produção de colágeno, atingindo a derme e causando flacidez e envelhecimento. Se uma pessoa passa a vida inteira sem usar o protetor no inverno, pode ter problemas sérios na pele", explica Meire Parada Brasil.

Que fator de proteção se deve usar?


Quando o assunto é o fator do protetor solar, as duas especialistas são taxativas: no mínimo fator 30. Os dermatologistas recomendam o fator 30 como padrão mínimo porque em geral, não obedecemos ao intervalo com que deveríamos usá-lo, daí a baixa proteção da pele, mesmo no inverno.

"Vale lembrar, no entanto, que a proteção dura apenas 30 minutos e que o protetor deve ser reaplicado a cada banho e situação de suor ou, em média, a cada duas horas. É importante evitar períodos de maior intensidade solar, entre 10h e 15h, que também são perigosos no inverno", diz Meire Parada Brasil.


Creme ou gel?

Depende muito das características da pele de cada um, mas em geral, o mais apropriado é a textura em creme, já que no inverno a pele fica mais ressecada por natureza e o gel, à base de álcool, favorece ainda mais o ressecamento. "O gel penetra melhor na pele e é menos oleoso, só que o creme hidrata mais e deixa a pele mais macia, por isso é melhor optar por ele", explica Meire.

Efeito cumulativo


O câncer de pele é resultante do efeito cumulativo dos efeitos da radiação solar, que pode aparecer, um, dois ou até 40 anos depois da exposição exagerada aos raios UVA e UVB e que por isso o uso do protetor solar no inverno é fundamental. "Independente do clima, sofremos a incidência dos dois tipos de radiação solar, UVA e UVB, embora a UVA seja mais intensa no inverno. Se uma pessoa passa a vida inteira sem usar protetor no inverno, corre o risco de perceber uma mancha cancerígena na pele sem saber porquê", explica a dermatologista Daniela Taniguchi.

A cor da pele influencia?

As peles claras são mais sensíveis a ação dos raios solares do que as morenas, já que estas têm maior concentração de melanina. "As pessoas brancas devem usar o fator mais alto e se expor menos ao sol, já os morenos, têm menos propensão a ter problemas de pele", explica Daniela.

Problemas causados pela irradiação solar no inverno

Além do câncer de pele, o excesso de radiação solar pode deixar marcas como manchas e pintas, envelhecimento precoce e sardas. "A pele fica toda pintada e com aparência envelhecida. Com o uso do protetor você diminui estes efeitos em até 90%", explica Meire.

Câncer de pele: como detectar?

Existem alguns tipos de câncer de pele. Os mais comuns são o melanoma, caracterizado pelo aparecimento de pintas escuras que crescem rapidamente e não cicatrizam; e os cartinomas, que se manifesta através de bolinhas avermelhadas que não somem sozinhas. "O ideal é prestar atenção na aparência das manchas que aparecem na pele e na duração do problema. Caso demore muito para cicatrizar, é melhor procurar um médico", explica Daniela.


"O problema desta doença é que não dói, não dá sinal nenhum a não ser o aspecto físico ou o sangramento em caso de infecção, por isso, é importante ficar atento a qualquer mudança na pele", alerta Meire.

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